Como fazer sua parte no dia da Consciência Negra

Neste 20 de Novembro celebramos no Brasil o DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Mas o que vocês, donos de escola, gestores e colaboradores tem a ver com isso?
Eu diria que praticamente TUDO a ver. Afinal, nosso trabalho envolve levar EDUCAÇÃO às pessoas, e mais amplo do que isso, promover o crescimento pessoal, profissional e intelectual das pessoas, contribuindo para a formação de uma sociedade cada vez mais consciente, justa e solidária.
Muitos se enganam ao pensar que a data é uma mera homenagem aos negros. Esta data vai além, ela é uma convocação à REFLEXÃO sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Ela nos faz pensar sobre racismo, discriminação, igualdade social e respeito à cultura afro-brasileira.
E estes assuntos devem transpassar essa data. Devem ser discutidos e refletidos durante todo o ano, afinal estamos falando de um dos problemas mais estruturais de nossa sociedade.

Muita gente não se dá conta, mas dos 521 anos de história de nosso país, apenas 25% deles foram vividos sem escravidão, sendo que o Brasil foi o último país do mundo a abolir esse regime nefasto. E mesmo após a abolição, os negros ainda viveram muitos anos de segregação e perseguição, e como consequência geramos uma sociedade com muitas desigualdades e injustiças.

Somado a isso, vivemos em uma sociedade que, apesar de ter melhorado em muitos aspectos, ainda apresenta muito racismo, seja ele velado ou disfarçado. O que felizmente, passou a ser criminalizado nos últimos anos.

Mas criminalizar não é o bastante. O fundamental é educar. E é aqui que podemos colaborar e muito.
Devemos combater o preconceito com educação. Lembrando que o preconceito é, na maioria das vezes, ignorância. Ignorância no sentido de desconhecimento, de falta de acesso à informação.

Talvez seja o momento de plantar uma semente. De reunir seus alunos, seus colaboradores, de fazer uma pequena palestra. Falar sobre a igualdade entre os homens, sobre a importância de amarmos ao próximo, de nos enxergarmos como criaturas vindas de um mesmo lugar, de sermos todos irmãos.
Explicar que muitas vezes pensamos que não somos racistas, mas que acabamos reproduzindo comportamentos preconceituosos através de piadas e de comentários, provocando assim a reflexão do quanto isso pode afetar outra pessoa.

Levar ao conhecimento deles um pouco da história da escravidão no Brasil e fazê-los entender o quanto isso contribuiu e contribui para desigualdades e injustiças gritantes que temos hoje no Brasil.

Sugestão: leve um professor de história ou alguma pessoa ligada a algum movimento negro para dar uma palestra.

Nós não podemos voltar atrás e recomeçar nossa história. Mas podemos começar agora a construir um futuro melhor. Vocês têm a chance de fazer parte disso. Não percam esta oportunidade.

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